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Defesa de Luciano Bonilha não irá recorrer de desaforamento do júri

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Os advogados de defesa de Luciano Bonilha Leão, réu no julgamento do Caso Kiss, decidiram que não irão recorrer da decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) que definiu, na quinta-feira, que os quatro réus deverão ser julgados juntos, em um único júri, na Comarca de Porto Alegre.

Conforme um dos advogados de Bonilha Gustavo Nagelstein, a decisão foi tomada em conjunto com o cliente. Nagelstein afirma que, caso recorressem, o julgamento poderia ser postergado por até um ano. E, por isso, Bonilha não seria julgado na mesma data que os outros. Além disso, ele afirma que Bonilha "não aguenta mais" aguardar pelo júri.

- (Tomamos essa decisão) em respeito à sociedade de Santa Maria que quer o julgamento - afirma Nagelstein.

Defesa recorre de decisão do STF para manter júri de réu

A DECISÃO
Por dois votos a um, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), decidiu, na última quinta, que Elissandro Callegaro Spohr, Mauro Londero Hoffmann, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão deverão ser julgados juntos, em um único júri, na Comarca de Porto Alegre. Com isso, os quatro acusados de serem os responsáveis pelo incêndio que causou a morte de 242 pessoas e deixou outras 639 feridas, não serão submetidos ao Conselho de Sentença de Santa Maria, formado por jurados locais, onde ocorreu a tragédia.

Caso Kiss se tornou a maior e mais difícil cobertura em 18 anos de trajetória do Diário

O JÚRI
O júri de Luciano estava marcado para ser realizado em 16 de março, em Santa Maria, mas foi suspenso pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogerio Schietti Cruz, quatro dias antes. O Ministro determinou a suspensão do julgamento popular até que a 1ª Câmara Criminal do TJ-RS julgasse o mérito do pedido de desaforamento do júri do produtor musical, formulado pelo Ministério Público. 

No entendimento da acusação, os quatro réus devem ser julgados em julgamento único. No entanto, as defesas de Elissandro, Mauro e Marcelo pediram para serem julgados em Porto Alegre, o que foi atendido pela 1ª Câmara Criminal do TJRS. O MP tentou reverter essas decisões junto ao TJRS e no próprio STJ, mas teve negados todos os pedidos. 

Na sessão virtual realizada na tarde desta quinta-feira, o relator do recurso, o desembargador Manuel José Martinez Lucas, votou por manter o júri de Luciano em Santa Maria. O desembargador Jayme Weingartner Neto divergiu e foi no sentido contrário ao do relator, sendo acompanhado pelo Desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto. 

Ainda cabe recurso da decisão no próprio TJ-RS. Posteriormente, também são cabíveis recursos especiais no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e extraordinários no próprio Supremo Tribunal Federal (STF). 

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